I.A.P.I lança enredo e muitas novidades para 2021
- Carnaval Sul
- 25 de out. de 2020
- 2 min de leitura

Tema Enredo autoria de Waltinho Honorato, Cláudio Russo e Bianca Behrends
Com o título: “Na Locomotiva da Cultura Popular, o Príncipe Negro de Ajudá é Força, Raiz e Fé - IAPI, Batuque, Axé!” o enredo que será desenvolvido pelo carnavalesco Sergio Guerra, contará detalhadamente a história de Custódio Joaquim de Almeida, o príncipe negro acolhido pela elite gaúcha que, pouco mais de um século, consolidou a religião africana no Rio Grande do Sul.
Príncipe Custódio, veio de Benin, na África, a saída de sua terra natal deu-se por questões de disputas locais, e pela conquista inglesa das terras da região. Em troca de seu exílio, lhe foi fornecido um pagamento mensal por parte do governo inglês. No Brasil teve breve passagem por solo Carioca e Baiano, onde em um jogo de búzios foi orientado a vir para o Rio Grande do Sul. Já em solo gaúcho, Custódio morou primeiro na cidade de Rio Grande, mudando posteriormente para a cidade de Bagé. Na localidade fundou centros de religião africana, tornando-se famoso pelo tratamento dos mais diversos problemas de saúde a partir de ervas. Na cidade, conheceu Júlio de Castilhos, que passou a tratar de uma enfermidade. A pedido do mesmo mudou-se para a capital Porto Alegre, passando a residir em um casarão no Bairro Cidade Baixa. Sendo assim, eram realizados em sua residência, principalmente durante as comemorações de seus aniversários, grandiosos banquetes, com festejos que poderiam durar até três dias. Nessas celebrações havia o consumo de requintadas comidas e de licores e vinhos importados, fazendo-se presentes pessoas de diferentes segmentos sociais, com destaque à presença de políticos locais, entre eles o então governador do estado Borges de Medeiros. Fato que se justificava pelo prestígio que o príncipe possuía entre as camadas populares e que muito interessava aos anseios eleitorais dos políticos da época.
No terreno de sua residência Custódio realizava seus atendimentos e as cerimônias do culto aos Orixás, fato comum entre os praticantes dos ritos de origem africana. Devido à perseguição que os praticantes sofriam, tais celebrações ocorriam principalmente nos domicílios dos líderes religiosos, e não em lugares públicos. Assim, a moradia tornava-se um local sagrado, destinado não apenas à habitação do babalorixá, mas sim como lugar de guarda e perpetuação do axé, fato comum até os dias atuais.
O Príncipe foi o responsável por assentamentos como o Bará do Mercado Público, no centro de Porto Alegre e entre outros. Prontos para embarcar conosco nessa linda história? O trem da Vila vai te levar!
Novidades
A escola anunciou o novo casal de mestre-sala e porta-bandeira, trata-se de Evandro Ferraz, experiente mestre-sala, e Lauren Minuto, uma das mais jovens porta-bandeira da atualidade. Segundo a Presidente Tatiane Farias, que está confiante no trabalho que será realizado, o casal apresentado, será um dos melhores casais do Carnaval de Porto Alegre.
Outra novidade será o trio de intérpretes para o próximo carnaval, a escola anunciou Lu Astral e Vilsinho Astral como reforços no carro de som, ao lado de Gerson Borracha que já estava na vila.
OBS: No último carnaval, a Vila cantou seus 40 anos de história e ficou na última colocação no Grupo Ouro, porém por decisão da nova diretoria da UECGAPA, manteve-se na elite.
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